Denúncia contra o prefeito é barrada na Câmara de Vereadores

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Denúncia seria votada na terça-feira, mas, por falta de documentos, a apreciação ocorreu ontem

Por unanimidade, os vereadores rejeitaram, na tarde de ontem, uma denúncia de improbidade administrativa protocolada na Casa contra o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). O pedido de impeachment foi feito por supostas irregularidades em relação à coleta de lixo e de inservíveis (fogão, sofás e outros itens de médio e grande porte que são deixados nas ruas da cidade). A denúncia foi apresentada por José Francisco da Silva, conhecido como Maranhão, que já foi autor de pedidos semelhantes contra os ex-pefeitos José Farret (sem partido) e Cezar Schirmer (MDB).

Apesar de a acusação não ser aceita, os vereadores concordaram em abrir uma comissão especial para investigar os fatos. A proposta foi feita pelo vereador João Ricardo Vargas (PSDB), o coronel Vargas, que voltou terça-feira para o Legislativo, depois de ficar um ano como secretário municipal de Mobilidade Urbana. Como proponente, Vargas será o presidente da comissão. O líder da oposição na Câmara, Valdir Oliveira (PT), será o vice-presidente, e Manoel Badke (DEM), o Maneco, será o relator.

- Precisamos investigar com cautela - ressaltou Vargas.

Além disso, no dia 15 de maio, a prefeitura abriu uma sindicância para investigar a denúncia, de acordo com o chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez.

- Recebemos a denúncia e abrimos a sindicância, pois deve ser investigada - afirmou ele.

A empresa Sustentare Saneamento, responsável pela coleta de lixo na cidade, foi contatada pelo Diário e ficou de dar retorno com o posicionamento sobre a denúncia. Contudo, até o fechamento desta edição, a empresa não contatou a reportagem.

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JUSTIFICATIVAS

O vereador Valdir Oliveira solicitou justificativa dos votos e foi o primeiro a apresentar o motivo por ter votado contra o pedido de denúncia. Ele diz que ser oposição no Legislativo não significa acatar tudo que é contra o atual governo, porque um vereador precisa ter responsabilidade. Sobre os fatos apresentados na denúncia, o parlamentar entendeu a denúncia como "frágil" e concordou que uma comissão especial é um bom caminho para avaliar a situação.

Já o líder do governo na Casa, Cezar Gehm (MDB), disse ao Diário que denúncias como essa geram "intranquilidade e constrangimento" para todos na Casa, pois são feitas com argumentos muito rasos e sem provas concretas. Porém, para sanar todas as dúvidas, o Legislativo optou por analisar o caso por meio de uma comissão especial, que, para Gehm, é uma forma responsável de dar seguimento ao assunto.

O cidadão José Francisco da Silva, que protocolou a denúncia, avalia que a Câmara não tem uma oposição de verdade e frisa que "os vereadores têm compromisso com o prefeito e não com a cidade".

A COMISSÃO ESPECIAL

O grupo que vai analisar a denúncia de possível improbidade administrativa por parte da prefeitura: